Sintomas da testosterona baixa: libido feminina

Sintomas da testosterona baixa: libido feminina

Você se sente cansada e com pouca libido? Dentre todos os hormônios que circulam no seu corpo, a testosterona é o que mais interfere no desejo sexual. Em nível baixo, afeta a sexualidade, além de provocar problemas relacionados à saúde. Confira alguns dos sinais e sintomas relacionados à deficiência de testosterona na mulher:

• Redução ou perda do desejo sexual;

• Diminuição dos feromônios: substância liberada através da pele para chamar atenção masculina quando a mulher está ovulando;

• Baixa autoestima e na autoconfiança;

• Falta de iniciativa e de vontade de se cuidar;

• Aumento de gordura corpórea (ganho de peso);

• Perda de massa muscular;

• Declínio de massa óssea;

• Restrição do colesterol bom (HDL);

• Menor tônus muscular;

• Fraqueza.

Algumas vezes, mesmo diante desses sintomas, o exame medidor das taxas de testosterona (total ou livre) não demonstra resultados que justifiquem os sintomas descritos. Neste caso é importante verificar a globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) e, é muito provável, estarem mais elevadas. O aumento da globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) resulta em sinal expressivo da diminuição na produção de testosterona.

Além da testosterona, outros hormônios estão envolvidos na libido e na resposta sexual satisfatória. É fundamental entender o significado de cada um deles: qualquer alteração pode ser facilmente diagnosticada no exame de sangue e tratada pelo ginecologista. Vamos conferir?

Hormônios envolvidos na libido feminina

DHEA (dehidroepiandrosterona): hormônio esteroide produzido no córtex adrenal (glândula acima dos rins), metabolizado pelo organismo e transformado em testosterona e estrogênio. Está relacionado a disfunções sexuais. Também ajuda regular o humor e a energia.

Hormônios tireoidianos: comandam todo o metabolismo e são importantíssimos na regulação da libido.

Hormônio do crescimento (GH) e somatomedina C (IGF-1): o hormônio GH estimula a produção do IGF-1 (fator de crescimento tipo insulina 1) no fígado e atuam em conjunto com a testosterona. Leia o artigo Riscos e Benefícios da reposição do GH para mais explicações sobre este hormônio.

Oxitocina (ocitocina): hormônio produzido pelo hipotálamo, relacionado ao prazer e orgasmo. Os receptores de oxitocina são encontrados em células do corpo todo.

Progesterona: hormônio “feel good” (bem estar). Atenção: esta progesterona é diferente de qualquer progestogênio contido nos anticoncepcionais.

Estradiol: considerado o estrogênio mais importante no corpo feminino. O déficit leva à falta de libido como ocorre na menopausa. O excesso pode suprimir a progesterona, aumentando a chance de TPM.

Estriol: hormônio da classe dos estrógenos importante na lubrificação vaginal. Leia: 8 causas da falta de lubrificação vaginal

Prolactina: o excesso, como na amamentação, bloqueia a ação da testosterona e do estradiol/progesterona.

Melanotrofina: hormônio que estimula os melanócitos e promove a pigmentação (cor) da pele, também está envolvido na libido. Por isso mulheres bronzeadas tem sua libido aumentada.

Dihidrotestosterona (DHT): metabólito da testosterona sendo 4 vezes mais potente. Tem papel crucial no desejo sexual.

Cortisol: gera energia ao longo do dia, ou seja, é importantíssimo ter níveis ideais para se sentir com disposição na hora do ato sexual. Leia: Estresse aumenta o cortisol e causa obesidade

Insulina: desequilíbrio na taxa de insulina interfere na libido.

As substâncias químicas e os neurotransmissores conectados ao desejo sexual

Os neurotransmissores atuam na sensação de bem-estar e funcionam como mensageiros do sistema nervoso. Eles agem nos espaços de conexão entre os neurônios e modulam a maneira como a "informação" é transmitida de uma célula a outra.

Os caminhos do desejo sexual envolvem diversas substâncias químicas cerebrais, e a dopamina e a noradrenalina desempenhando papel essencial na excitação. É a tal “química” que dizemos quando nos sentimos interessados por alguém.

Dopamina: tem um papel essencial na atração. Níveis elevados produzem motivação, foco, alegria, perda de apetite e aumento de energia. É por isso, que os apaixonados perdem a fome, e se concentram quase que exclusivamente no amado. A deficiência provoca diminuição da libido. À medida que a dopamina aumenta, ela também estimula os níveis de testosterona, hormônio do desejo sexual.

A noradrenalina é uma substância derivada da dopamina e contribui para o magnetismo. Pesquisas demonstram que níveis maiores de norepinefrina, explica por que os apaixonados conseguem se lembrar dos pequenos detalhes dos atos do amado. Também faz o coração acelerar, o que provoca o tal “friozinho na barriga”.

A terceira substância envolvida na sensação de prazer é a serotonina. Porém, o aumento de serotonina tem uma relação negativa com a dopamina e noradrenalina e reduz o desejo sexual. Ou seja, a serotonina em níveis alto ou baixo não é bom. A serotonina precisa estar em equilíbrio, pois a química que envolve o desejo é uma equação formada por diversos neurônios e substâncias que exercem conexões entre si.

Enquanto baixos níveis de serotonina leva a depressão, falta de libido e pode causar comportamentos obsessivo-compulsivos, altos níveis pode inibir o desejo, dificultar o orgasmo e a ejaculação (no homem). Isso explica a utilização desses fármacos para o tratamento da ejaculação precoce.

As drogas com ação serotoninérgica são as que possuem maior potencial para gerar as disfunções sexuais. Entre elas, podemos citar a Citalopram e a Paroxetina que ainda possuem na fórmula a enzima oxido nítrico sintetase, o que explica serem as de maior incidência na disfunção sexual.

A venlafaxina e a mirtazapina possuem ação dupla (serotoninérgica e noradrenérgica) e ficam em uma posição intermediária. A bupropiona, desvelafaxina, vortioxetina e a nefazodona têm menos interferência na esfera sexual. Já a duloxetina pode promover a hipersexualidade.

Os antidepressivos reagem de forma distinta em cada organismo e o que pode funcionar para um, pode ter efeitos adversos para outro. O seu médico saberá conduzir a troca ou mantê-lo em associação com outro antidepressivo, até encontrar aquele que se adapte ao seu corpo. Existem várias fórmulas no mercado e é comum a substituição em tratamentos nesta categoria de medicamento. Não tome remédios sem orientação médica. A falta de libido também tem causa multifatorial. Leia o artigo Libido Feminina para mais explicações sobre este tema.

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