A idade da menopausa

A idade da menopausa

Qual a idade que a mulher entra na menopausa? E o que é climatério?
O climatério corresponde à fase que antecede a menopausa. Ou seja, a fase de transição do período fértil, para o período não reprodutivo da mulher. Começa uma diminuição das funções ovarianas, fazendo com que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem por completo. É uma fase natural da vida da mulher e muitas passam por ela sem queixas ou necessidade de medicamentos.

A fase entre o climatério e a menopausa, ocorre, normalmente, entre 42 e 56 anos de idade e dura entre 4 e 8 anos. A idade em que ocorre a menopausa tende a seguir um padrão familiar. A mulher que entra mais precocemente no climatério é devido à falência precoce dos ovários ( menopausa precoce ) ou à retirada cirúrgica dos ovários sendo, portanto, importante à preservação desses órgãos sempre que possível.

As mudanças no fluxo e na frequência menstrual são mais frequentes à medida que você avança na perimenopausa. A perimenopausa, pode ser definida como o período próximo da menopausa, onde as alterações hormonais tornam-se mais intensas, gerando um encurtamento ou alongamento dos ciclos, além daqueles considerados normais. As mulheres ainda podem engravidar, embora isso não seja frequente.

A maior parte dos ciclos são anovulatórios (sem óvulos), podendo gerar sangramentos irregulares. Essa irregularidade também está relacionada com o hiper-estímulo estrogênico sem contraposição da progesterona, resultando em alterações endometriais. Nesta fase, uma vez que já não há produção da progesterona suficiente pelo corpo lúteo, pode ser necessária a complementação de progesterona cíclica, para evitar hemorragias indesejáveis. Vale ressaltar que caso ocorra hemorragia frequente, independente do período de vida ou idade da mulher tem indicativa para investigação de problemas no endométrio.
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A menopausa é caracterizada após a ausência consecutiva da menstruação por 12 meses quando então, passa a ser chamada de pós-menopausa. É nessa época, que aumenta o risco de doenças associadas ao nível baixo de estrogênio, incluindo osteoporose. Também ocorre um aumento do risco de doenças cardíacas e cérebro vasculares ( AVC, popularmente conhecido como "derrame" ), sendo que, nesta fase, é que igualam-se em mulheres e em homens as chances dessas doenças.

Além disso, a escassez de hormônios ovarianos pode causar:

• Secura da mucosa vaginal com dispareunia (dor durante a relação sexual);

• Alterações estéticas (diminuição do tamanho das mamas e perda de firmeza), elasticidade da pele diminuída (principalmente do rosto e pescoço);

Mudança na deposição de gordura, favorecendo uma distribuição de gordura mais masculina, ou seja, leva a diminuição da gordura nos quadris e coxas e aumento da gordura abdominal;

• Ondas de calor acompanhadas de transpiração;

• Suores noturnos;

• Irritação e depressão;

Mas nem todas as mulheres se sentem dessa forma. “As mulheres que tiveram uma vida produtiva, são bem resolvidas emocionalmente, fazem esportes e tem uma alimentação equilibrada, podem até sentir alguns dos sintomas da menopausa, mas vão conseguir assimilá-los de uma maneira melhor. É um período que pode decorrer muito bem e com pouco ou nenhum sintoma para este perfil de mulheres”, diz o ginecologista Prof. Dr. Thomaz Gollop, autor do capítulo de ginecologia do livro Medicina Mitos e Verdades (Carla Leonel).

Quanto a reposição hormonal, apesar de ter seus benefícios, ela deve ser evitada em mulheres que já tiveram tumores de mama ou que têm fortes antecedentes familiares dessa doença e, também, em pacientes com reações importantes como, por exemplo, enxaqueca e tromboses venosas. Nesses casos, a reposição hormonal apenas deverá ser indicada em casos muito específicos, ou seja, quando os benefícios da reposição forem maiores que os possíveis riscos, e com avaliações médicas e laboratoriais mais frequentes.

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Fonte: Manual de Atenção à Mulher no Climatério e livro MEDICINA MITOS E VERDADES (Carla Leonel)