Barriga estufada e mal estar depois de comer
Barriga estufada e mal-estar depois de comer?
É bom você ficar sabendo que uma alimentação incorreta pode afetar não apenas o estômago, como também o fígado e o intestino.
Entenda o processo:
Em pessoas sem problemas, os alimentos permanecem no trato digestivo, em média, por até 24 horas. Nesse período, são digeridos, absorvidos, degradados e seus resíduos excretados em forma de fezes.
O material pastoso fica aproximadamente 6 horas no intestino delgado e até 10 horas no intestino grosso.
Quando o conteúdo fecal atinge o reto, é enviado um reflexo para o cérebro expressando a vontade de evacuar.
O fígado é uma espécie de centro de tratamento das substâncias ingeridas. Todo alimento que é absorvido pelo trato gastrointestinal, obrigatoriamente, passa pelo fígado antes de alcançar qualquer outro órgão. Isso vale para alimentos, bebidas, álcool, remédios etc. Nada chega à circulação sanguínea central sem antes ter sido processado pelo fígado.
Em função disso, se você exagerar na comida ou bebida, sobrecarrega o fígado, e ele logo “reclama”.
Dentre os vários papeis da metabolização hepática, um deles é inativar as substâncias tóxicas que tenham sido ingeridas.
É o fígado também que produz a bílis, fundamental na digestão das gorduras, no processamento do colesterol, das taxas de glicose no sangue e no metabolismo dos medicamentos.
Ou seja, qualquer problema no fígado interfere na absorção dos nutrientes e eliminação das toxinas do corpo.
Leia também: O que é a ressaca e como curá-la
Sintomas de intoxicação no fígado:
• Digestão difícil, principalmente, após consumir alimentos gordurosos;
• Tontura e mal-estar;
• Náusea (enjoo) e/ou vômito;
• Boca amarga ou gosto metálico;
• Dor torácica e/ou abdominal: quando a dor é por problema no fígado, ela é sentida na parte superior do abdome (sob as costelas) e se estende para as costas;
• Barriga estufada;
• Dor de cabeça ou sensação de peso;
• Dificuldade de concentração e falha na memória;
• Cansaço ;
• Coceira e erupções na pele;
• Icterícia (coloração amarela em olhos e pele, distinta de palidez), colúria (urina escura, "cor de coca-cola") e/ou fezes claras ou brancas ("massa de vidraceiro"). Saiba mais no artigo Tudo o que você precisa saber sobre icterícia
O consumo exagerado de gorduras, açúcares e alimentos industrializados não é maléfico apenas para o fígado! Essa condição reflete igualmente no trânsito intestinal, causa da prisão de ventre.
Para piorar a situação, o volume fecal parado no intestino sofre fermentação, putrefação e motiva o crescimento da população de bactérias.
Consequência da “salada dos horrores”: barriga inchada, gases fedidos, mau humor, problemas na pele, além de mau hálito. Ah... e de brinde quem sabe você ganhe até algumas hemorroidas, já que as fezes podem ressecar e provocar fissuras e inflamação nos vasinhos do ânus ao evacuar. Leia mais sobre mau hálito
OK! Você desta vez, pisou na bola. Exagerou. Vamos indicar o tratamento para o alívio imediato e, principalmente e o mais importante, algumas orientações alimentares para ajudar na correção da sua dieta.
Barriga estufada e má digestão por intolerantes a açúcares e celíacos
Uma excelente aposta é o Digeliv que facilita a digestão, evitando as dores, o inchaço abdominal, além dos gases intestinais. Como vantagem adicional, ainda melhora a absorção dos nutrientes. Simples e prático, é comercializado na forma de sachê e você pode levá-lo na bolsa para utilizar sempre que for se alimentar. Também é muito discreto, tem a aparência de um pó fino, como se fosse um tipo de sal ou açúcar, e basta polvilhar sobre a comida, doces, frutas ou sucos.
Sem sabor, não altera o gosto e pode ser utilizado por pacientes diabéticos, intolerantes a açucares e celíacos já que não contém açúcar e nem glúten. Dentre os alimentos que mais provocam gases e inchaço, podemos citar a aveia, o milho, os brócolis, algumas frutas como a banana e a laranja, a ervilha, as castanhas, as nozes, o alho-poró, a batata, o grão de bico, o cogumelo, o pimentão, o arroz, alguns cereais e legumes, entre outros alimentos.
Leia também:
• Excesso de gases por intolerância a lactose
• Intolerantes ao glúten: o que pode e o que não pode comer
Prisão de ventre
Não é necessária receita médica para o uso de laxantes, mas é preciso o bom senso e evitar o uso abusivo sem orientação médica. Segundo o Prof. Dr. Luiz Chehter, os mais indicados são os laxantes osmóticos que chegam inertes no intestino e somente retêm a água nas fezes. Ex: manitol, lactulose, sorbitol, sal amargo, polietilenoglicol e leite de magnésia.
Já os laxantes estimulantes devem ser usados apenas em emergências. Este tipo de medicamento estimula a secreção de água e eletrólitos do organismo e promovem intensas contrações da musculatura do intestino. Por serem “mais agressivos”, também provocam cólica abdominal, diarreia e, às vezes, náuseas.
Evite excesso de laxantes
O uso de laxante com frequência pode causar o efeito rebote e comprometer os movimentos do intestino grosso, provocando, a longo prazo, piora na prisão de ventre. Intestino que não precisa se movimentar, se acostuma e torna-se preguiçoso. Os laxantes podem ser usados ocasionalmente.
Paciente com prisão de ventre crônica deve buscar ajuda médica e orientação quanto ao uso de laxantes. Na necessidade do uso rotineiro deste tipo de medicação, seu médico irá diminuir a quantidade gradativamente, até normalizar a evacuação. Leia também Causas e tratamento da prisão de ventre
Atenção aos medicamentos que prendem o intestino
Alguns medicamentos podem desencadear ou agravar a prisão de ventre. Os mais comumente envolvidos são os empregados para depressão, parkinsonismo, hipertensão arterial, convulsão, ansiedade e também os analgésicos opiáceos (codeína, morfina), sais de ferro ou de alumínio. Peça orientação ao seu médico para indicar laxativos apropriados ao seu caso.
Alguns laxantes também podem prejudicar a absorção de outros medicamentos, como os coagulantes, alguns antibióticos e remédios para hipertensão. É necessário ajuste nas doses.
Gases
Antiflatulentos são medicamentos que rompem as bolhas que retêm os gases, melhorando a distensão abdominal e as cólicas associadas à flatulência. O Flagass atua no estômago e intestino aliviando o mal-estar de forma rápida e segura. É comercializado na versão comprimidos, cápsulas ou gotas.
Fígado comprometido: remédios para tratamento e proteção
Muitas são as alternativas para desintoxicação e proteção do fígado. Existe nas farmácias, desde remédios naturais, detox, até hepatoprotetores. Todos eles podem ser comprados sem receita médica. Peça auxílio ao farmacêutico se você não sabe qual é o melhor para o seu caso.
Uns têm substâncias que ajudam na “faxina” do excesso de gordura no fígado, outros inibem a absorção de toxinas e alguns diminuem a inflamação hepática além de estimular a regeneração celular.
São comercializados na forma de flaconetes, drágeas, comprimidos ou líquidos. Caso o problema persista, procure auxílio médico. Às vezes, o que você considera um simples problema alimentar é, na verdade, sintoma de alguma doença mais séria.
Durante o período de intoxicação não consuma alimentos refinados (farinha branca - pães, massas, biscoitos, arroz branco), gordurosos, com agrotóxicos, doces, café e bebidas alcoólicas.
Contra a prisão de ventre é essencial à ingestão de fibras. Como já foi dito, as fezes nada mais são do que resíduos de alimentos que não foram absorvidos.
As fibras funcionam como um meio de transporte para levar água para dentro do intestino, evitando o ressecamento das fezes e promovendo o aumento do bolo fecal.
Como o bolo fecal é empurrado pelos movimentos peristálticos, quanto maior o volume deste bolo, mais fácil é eliminá-lo.
O ideal é ingerir, no mínimo, 30g de fibras por dia. Consuma mamão com às sementes (sem mastigá-las), laranja com o bagaço, ameixas pretas, farelo de trigo ou de aveia, arroz e pão integral, além de hortaliças, verduras, legumes e frutas variadas. As frutas mais indicadas são as que contêm grande quantidade de água: melancia, melão, abacaxi, kiwi etc.
Quando for consumir os carboidratos fermentáveis, não esqueça do "pózinho mágico", o Digeliv, para evitar os gases caso você sofra deste problema também.
Evite maçã, banana maçã, pera sem casca, goiaba que prendem o intestino, assim como os alimentos muito condimentados (pimenta, mostarda, molhos), pois fermentam e estufam a barriga.
Brócolis, berinjela, couve-flor e repolho também produzem muitos gases. Procure tomar bastante líquido (mínimo de 2 litros por dia) fora das refeições e se puder, beba água de coco.
Caso necessário, o gastroenterologista Prof. Dr. Luiz Chehter, orienta a suplementação com fibras vendida em farmácias.
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