A fase da convalescença: o tempo de recuperação após a cura da doença
“O médico diz que já estou curado, mas ainda me sinto fraco. Será que estou curado mesmo?” Esta dúvida surge na cabeça de muitos pacientes que mesmo após a alta médica sentem-se fracos e abatidos. Esta é a fase da convalescença. A palavra vem do latim convalescentia e significa recuperar forças. A convalescença é o período de restabelecimento total do organismo após uma doença, traumatismo ou cirurgia.
Isso quer dizer que continuo doente?
Não. Você não está mais doente, mas seu organismo ainda não se encontra totalmente recuperado das alterações sofridas durante a doença ou cirurgia. O tempo para o restabelecimento total do organismo depende da patologia sofrida, da idade e das condições físicas de cada pessoa. Alguns se recuperam mais rápido, outros mais lentamente. Para cada situação existe uma estimativa média e que pode durar de dias até meses.
A gripe após a cura, por exemplo, leva entre duas e três semanas até você sentir-se 100% disposto. Durante este período, é possível voltar às atividades normais, mas com ressalvas: mantenha uma alimentação equilibrada e o corpo hidratado, evite os exageros físicos, sol, friagem, bebidas alcoólicas e o fumo para evitar as recaídas que, nesta condição, podem se tornar mais graves que a doença primária. A recaída da gripe pode evoluir para pneumonia, o que é grave. Clique no link e leia artigo completo: Por que a gripe pode evoluir para a pneumonia?
Pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, por exemplo, necessitam de cuidados extras por toda a vida, seja na alimentação e/ou com medicamentos. Estes cuidados apesar de não promover a cura, evita as crises e sequelas das doenças.
A doença crônica é definida como qualquer patologia que dure por mais de seis meses ou não têm cura definitiva. Outros exemplos de doenças crônicas, sem cura: epilepsia, doenças autoimunes, asma, enfisema, insuficiência renal crônica, cirrose etc.
Nestes casos o período de convalescença é considerado após as crises, já que o tratamento e cuidados preventivos são necessários por toda a vida.
Já no caso das doenças infecciosas, elas se desenvolvem em três estágios: o período de incubação do vírus, o período de estado e o período de convalescença.
O período de incubação refere-se ao tempo que o agente infeccioso irá demorar até ultrapassar as barreiras orgânicas, se multiplicarem, para aí sim, iniciar a manifestação dos sintomas. Neste período, normalmente, os sintomas não se fazem presentes e tem duração variável dependendo da doença. Na gripe, por exemplo, esta fase dura entre 24 a 72 horas. Nas hepatites, varia de 14 a 160 dias, dependendo do tipo:
Hepatite A: de 15 a 50 dias (não se torna crônica)
Hepatite B: 28 a 160 dias
Hepatite C: 14 a 160 dias
Hepatite D: 28 a 160 dias
Hepatite E: 20 a 40 dias (não se torna crônica)
Clique no link azul para ler artigo completo sobre as doenças assinaladas.
O período de transmissão do vírus também depende da doença. Na gripe, por exemplo, os sintomas se desenvolvem de um até três dias após a exposição ao vírus, e mesmo antes de surgirem os primeiros sintomas, o paciente já tem potencial de transmiti-lo.
Leia o artigo: Diferença entre doenças infeciosa e contagiosa: formas de transmissão
O período de estado refere-se ao início da manifestação dos sintomas até a cura da doença. No caso do exemplo das hepatites, elas podem ser agudas, evoluir para forma crônica por ter duração de mais de 6 meses, ou se tornar crônica definitiva por não ter cura.
A doença aguda, geralmente, é de início súbito e dura, em geral, até 3 meses. Mas isso não significa que não seja grave: pode ser tanto passageira como levar à morte rapidamente. Já a doença crônica, quando bem controlada, além de não colocar a vida do paciente em risco à curto prazo, também não significa que a morte irá se suceder por tal patologia.
Os cuidados na fase de convalescença, o tratamento correto das doenças crônicas e o diagnóstico precoce são fatores essenciais para a cura, o pronto restabelecimento ou manutenção da qualidade de vida. Cuide-se e leia artigos de saúde. A informação é uma das formas de prevenção.
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