Asma

Asma

A asma é uma doença crônica e reconhecida, na maioria das vezes, como manifestação de sintomas de origem alérgica. A asma afeta o sistema respiratório superior e caracteriza-se pela redução aguda e episódica do calibre dos brônquios. Inicia-se com o aparecimento súbito de chiado e vem acompanhada de falta de ar, podendo regredir espontaneamente. A sintomatologia também pode ser determinada por inflamação dos brônquios, geralmente em decorrência de uma gripe.

Cerca da metade dos casos de asma provêm da sensibilização da mucosa dos brônquios por alérgenos específicos introduzidos no sistema respiratório. Os demais casos decorrem de infecções específicas dos brônquios.Os alérgenos causadores da asma alérgica são os que também produzem a febre de feno e compreendem polens, pós orgânicos, pó caseiro, fungos do ar, penas etc. Não se sabe por que esses alérgenos afetam os pulmões e brônquios, em vez das fossas nasais. A asma afeta, em geral, igualmente homens e mulheres.

O pneumologista Prof. Dr. Francisco Vargas esclarece que quando a redução do calibre dos brônquios for consequente da inflamação da mucosa e da contração da musculatura, caracteriza-se o broncoespasmo. A somatória da inflamação, junto com o espasmo da musculatura, é responsável pela obstrução dos brônquios, ocasionando dificuldade de livre trânsito do ar, que se manifesta pela presença de chiado, caracterizado no exame físico pela ausculta de sibilos (som agudo presente, predominantemente, na expiração), sendo um dos fatores responsáveis pela falta de ar. A presença da obstrução reduz a oxigenação do sangue, porém, é, na maioria das vezes, reversível sem sequelas importantes.

A asma tem diferentes graus de gravidade. O acesso repentino de asma é, em geral, mais alarmante do que perigoso. O paciente sente, de repente, a sensação de ser incapaz de encher seus pulmões, quando, na verdade, a dificuldade característica da doença situa-se na fase de eliminação do ar dos pulmões. Como medida emergencial durante o acesso de asma, incline ligeiramente a pessoa para ajuda-lo nos seus esforços respiratórios. Em acessos prolongados ou muito fortes, podem aparecer sintomas de cianose ( coloração azul da pele indicadora que o sangue não obteve oxigênio suficiente nos pulmões). Raramente os acessos duram mais do que algumas horas, embora, muitas vezes, persistam durante muito mais tempo, em forma mais benigna, com leve mas notório arquejar na respiração do paciente.

O tratamento da asma inclui, portanto, a reversão da inflamação e do broncoespasmo, o que se consegue com a administração, respectivamente, de anti-inflamatórios (como corticosteroides) e broncodilatadores (como as "bombinhas"). Grande parte dos casos de asma possui componente alérgico hereditário, para os quais o tratamento consiste muito mais no afastamento das causas alérgenas (pó, fungos etc.) do que no cuidado com os sintomas em si. No entanto, uma vez instalado o quadro, ele será tratado fundamentalmente com broncodilatadores, em geral, por meio de inalação.

Aceita-se, atualmente, que a melhor forma de administrar as drogas broncodilatadoras é através das próprias vias aéreas. Assim, dois procedimentos podem ser cogitados: a inalação, utilizando-se um compressor que, ligado à eletricidade, forneça um fluxo de ar, ou utilizando-se o fluxo de um torpedo de oxigênio e um aparelho portátil, denominado "bombinha". A princípio, ambos têm a mesma finalidade, ou seja, administrar drogas efetivas nas vias aéreas. A preferência entre esses métodos e a frequência da administração depende, fundamentalmente, da conduta do médico.

Atenção: Pacientes com asma devem sempre dizer sobre sua condição em cirurgias para que o anestesista faça um preparo especial.

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