Depois de removido um tumor ele pode retornar?
Depois da retirado um tumor maligno ou benigno ele tende a se manifestar novamente?
Quando o paciente é submetido à remoção de um tumor, seja ele benigno ou maligno, é preciso observar que tipo de ressecção (remoção) foi possível realizar, ou seja, se total ou parcial. Os tumores benignos quando removidos totalmente, em geral, não se manifestam novamente (não recidivam). Entretanto, quando a ressecção é parcial, a recidiva tumoral é certa.
Em que situação não se pode remover totalmente o tumor?
O que determina a remoção parcial de um tumor é o o grau de extensão em que ele envolve o órgão (dimensões aumentadas e comprometimento de estruturas vizinhas nobres) ou limitações técnicas de um cirurgião pouco experiente, que desconheça os princípios das operações oncológicas. Nos tumores malignos pode acontecer o mesmo, tanto uma remoção total como parcial. Muitas vezes, a ressecção parcial tem objetivo paliativo, ou seja, diminuir os sintomas ou complicações decorrentes do crescimento tumoral, sem objetivar a cura. É muito importante que se faça o acompanhamento do paciente após a cirurgia, para que se possa detectar precocemente as recidivas tumorais e, consequentemente, antecipar um tratamento de resgate.
Que tipo de lesões podem ocorrer em um órgão, em uma operação para retirada de tumor?
Às vezes, para se retirar um tumor maligno, é necessário a retirada de uma parte do órgão em que ele está localizado. Em caso de câncer no cérebro, o paciente poderá ficar com lesões neurológicas. Se for no pulmão, poderá ficar com falta de ar, dependendo da extensão do pulmão a ser retirado. Muitas vezes, há necessidade de se amputar um membro (nos casos de câncer ósseo) para salvar o paciente. A cirurgia da próstata (prostatectomia radical) pode acarretar sequelas permanentes como impotência e incontinência urinária - clique no link azul e leia o artigo completo sobre câncer de próstata.
Pode-se dizer também que um paciente pode viver satisfatoriamente com apenas um dos órgãos duplos, como os rins, por exemplo, ou até mesmo sem o estômago, parte do intestino grosso ou o baço.
Qual o tratamento mais eficaz para a cura do câncer? Cirurgia ou quimioterapia?
Quando se estabelece o diagnóstico de um tumor maligno, torna-se necessário se fazer também o estadiamento da doença. Estadiar um câncer é determinar qual a extensão em que a doença se encontra. Em outras palavras, verificar quais os órgãos do corpo foram acometidos pelo tumor, determinando se o câncer é com crescimento exclusivamente local, ou se há disseminação para outros órgãos - clique no link azul e leia sobre metástase. Na primeira situação (câncer exclusivamente local), a melhor opção de tratamento é a cirurgia. Entretanto, a cirurgia poderá ser ou não realizada dependendo do órgão e do grau de extensão do acometimento, assim como, as condições clínicas do paciente.
Quando é possível a extração total do tumor, a possibilidade de cura existe. Caso contrário, poderá persistir a doença microscópica residual local ou a distância e ocorrer a recidiva da doença (ressurgimento). Esta poderá ser novamente tratada cirurgicamente e/ou através da quimioterapia e/ou radioterapia e/ou hormonioterapia.
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Conteúdo do livro MEDICINA - MITOS & VERDADES (Carla Leonel ) Capítulo de oncologia. Médico responsável Dr. Rene Gansl (Médico oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein).
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