Causas do câncer de estômago

Causas do câncer de estômago

Sintomas e sinais do câncer de estômago
Na fase inicial, o paciente tem má digestão e normalmente não procura o seu médico. Os sintomas intensificam-se, predominando náuseas, vômitos e dor abdominal. Raramente, as fezes apresentam-se com sangue, fato que contribuiria muito para alertar o paciente e levá-lo a procurar um médico. Mais tardiamente, o câncer leva o paciente a sangrar, ter anemia e emagrecer. Os tumores de estômago só são diagnosticados com a palpação quando atingem grandes dimensões, já em fase avançada, prejudicando o tratamento.

Causas

Acredita-se que os alimentos enlatados e defumados contribuem para o aparecimento desse tipo de câncer. Em contrapartida, é fato comprovado que o fumo e o álcool não têm relação com os urgimento do câncer de estômago.

O câncer de estômago mais frequente (adenocarcinoma) é o relacionado a bactéria Helicobacter pylori. É importante esclarecer que a bactéria Hp está presente na metade da população, sendo que em 80% dessas pessoas nada acontece, enquanto outras desenvolvem a úlcera péptica e alguns o câncer de estômago. Ainda é um enigma a ser esclarecido no futuro. Quanto a via de transmissão também não está perfeitamente esclarecido, mas acredita-se que é oral-oral ou fecal-oral.

Em locais com baixo nível socioeconômico e sanitário, a bactéria é adquirida mais precocemente e a infecção tem maior frequência. No Japão do pós-guerra, em más condições sanitárias, a infecção era frequente. Na medida em que aquele país passou a integrar o Primeiro Mundo, o índice de infecção igualou-se ao de qualquer país desenvolvido. Com o progresso, caiu sobremaneira a ocorrência de câncer do estômago no Japão (e no mundo). Ainda é elevada a ocorrência de câncer de estômago e da infecção pelo H. pylori entre os japoneses mais idosos, em contraposição ao que ocorre entre os mais jovens.

O diagnóstico mais precoce do câncer gástrico é conseguido através da endoscopia digestiva e histologia das biópsias. No câncer gástrico invasivo, o tratamento deverá ser cirúrgico sempre que possível, elevando, assim, a sobrevida do paciente. A cada 100 doentes acometidos pelo câncer de estômago, 20 são inoperáveis. O câncer gástrico tem um dos piores prognósticos, a cura atinge apenas 10 a 15% dos pacientes. A esperança está na precocidade do diagnóstico e nos resultados da pesquisa para a descoberta da vacina contra a bactéria Hp, que preveniria não somente a úlcera, mas também o câncer do estômago.

Conteúdo do livro Medicina Mitos e Verdades (Carla Leonel) - Editora CIP. Capítulo de Gastroenterologia. Médico responsável: Prof. Dr. Luiz Chehter.

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