6 principais causas da diminuição e perda da audição

6 principais causas da diminuição e perda da audição

Quais as causas da perda da audição? De um modo geral, todas as pessoas tendem a apresentar uma redução da acuidade auditiva após os 30 anos. A intensidade da perda varia de uma pessoa para a outra e depende de alguns fatores básicos como predisposição hereditária ou genética, estado de saúde da pessoa e exposição a fatores de risco para a audição.

1. A predisposição genética significa que, se em uma determinada família há pessoas que apresentam uma perda auditiva importante com a idade, existe probabilidade maior de que os indivíduos mais jovens desta família também apresentem uma redução da audição com o passar do tempo.

O estado de saúde também pode contribuir de forma importante no agravamento da perda auditiva em uma pessoa que apresente genética favorável, ou provocar a redução da audição mesmo em quem não apresente tal predisposição. Veja alguns exemplos de como isso é possível:

2.Algumas doenças prejudicam muito a circulação (irrigação sanguínea) do ouvido interno, levando a morte das células sensoriais da audição. Como exemplos mais comuns dessas doenças destacamos:
hipertensão arterial,
diabetes,
•hipercolesterolemia (aumento do colesterol no sangue),
arteriosclerose;

3. As doenças chamadas autoimunes como a artrite reumatoide, o lúpus eritematoso sistêmico e as vasculites também provocam lesão do ouvido interno.

Nesses casos pode haver a formação de anticorpos contra o ouvido interno ou inflamação dos vasos que irrigam o labirinto ou, ainda, depósito de substâncias estranhas ao ouvido.

Todas essas são situações que desencadeiam processo inflamatório labiríntico com possibilidade de morte das células sensoriais auditivas;

4. Algumas doenças, como infecções severas e certos tipos de tumor ou reumatismo, podem exigir tratamentos com medicamentos que podem apresentar ação ototóxica (tóxico para o ouvido). Antibióticos como garamicina, estreptomicina e amicacina, medicamentos a base de quinino e agentes quimioterápicos são os principais exemplos dessas substâncias;

5. A exposição a ruídos de alta intensidade pode desencadear ou agravar a perda auditiva. Trabalhadores em ambientes ruidosos, músicos e dentistas que utilizam motor de alta rotação constantemente podem ser citados como exemplos desta situação;

6. Não devemos nos esquecer de que o fumo e o café também são considerados prejudiciais ao sistema auditivo, por promoverem distúrbios da sua circulação, essencialmente vasoconstrição, quando utilizados constantemente e em quantidades significativas.

Assim, as pessoas com predisposição genética para perda de audição devem redobrar os cuidados. Em relação as doenças e situações de risco descritas, aconselha-se exame audiológico periódico para as pessoas que se enquadram nessas situações.

Isso não sendo possível, deve-se procurar orientação especializada ao menor sinal de perda auditiva, pois, sempre que o diagnóstico é feito precocemente, as chances de resultado positivo no tratamento são maiores.

Conteúdo do livro e site MEDICINA - MITOS & VERDADES (Carla Leonel ). Perguntas e Respostas. Capítulo de Otorrinolaringologia. Médico responsável Prof. Dr. Oswaldo L. Mendonça Cruz (MD Affiliate Professor. Division of Otology&Neurotology. Departamento de Otorrinolaringologia Universidade Federal de Sao Paulo - Brasil).

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