Não tive reação em anestesia anterior. Posso ter agora?
Em uma determinada operação, o paciente não manifestou reação à anestesia. Isso quer dizer que não correrá riscos se precisar tomá-la novamente?
Não. A ausência de reações adversas face à exposição a um determinado anestésico não exclui completamente o risco dessa ocorrência em nova exposição. A maior parte dos problemas eventualmente associados à anestesia e intervenções cirúrgicas não depende diretamente de técnicas ou drogas anestésicas, mas da condição clínica do momento.
As complicações em um procedimento cirúrgico não representam obrigatoriamente riscos de problemas semelhantes no futuro. Por outro lado, uma anestesia bem-sucedida não é garantia de outros sucessos.
Qual o momento mais perigoso de reação à anestesia? A reação ao anestésico pode ocorrer durante ou ao final da operação?
As complicações podem surgir durante a indução da anestesia, ao longo da intervenção, no despertar ou nas primeiras horas de recuperação. Daí a necessidade da monitorização e a presença constante e vigilante do especialista em anestesiologia durante todo o procedimento, seguida de obrigatória observação em enfermaria de recuperação pós-anestésica.
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Prof. Dr. José Luiz Gomes do Amaral é Prof. Titular da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP); Ex-Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB) por dois mandatos (2005-2008/2008-2011); Presidente da Associação Médica Mundial — entidade que congrega 97 países, representando 9 milhões de médicos e autor do capítulo de anestesiologia do livro MEDICINA MITOS E VERDADES (Carla Leonel).
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