Por que o açúcar faz mal? Os riscos para o organismo vão além da obesidade

Por que o açúcar faz mal? Os riscos para o organismo vão além da obesidade

Você sabia que cada pessoa consome, em média, aproximadamente 70 kg de açúcar por ano? Isso representa cerca de 25 colheres de chá de açúcar (por dia), o que cobre por volta de 20% da ingestão calórica diária de uma pessoa. Para você ter uma ideia, apenas uma unidade de refrigerante normal já contém cerca de dez colheres de chá de açúcar! Já pensou, se além de todas as besteiras que você come ainda beber vários refrigerantes por dia?

Também não pense que o açúcar está presente somente nos doces, bolos, balas, sorvetes, bolachas e cereais matinais. Segundo o nutrólogo e médico ortomolecular, Dr. Wilson Rondó Jr, o açúcar pode estar bem escondido em muitos em alimentos processados, carnes prontas, frios, embutidos, molhos de saladas, vegetais enlatados e congelados, carne defumada (peixe e carne vermelha) e até em alguns produtos diet. Certas barras energéticas chegam a conter não menos de oito tipos diferentes de açúcar, com nomes que o consumidor não consegue reconhecer como açúcar no rótulo nutricional (glucose, maltose, lactose, sorbitol, manitol). Os mais consumidos são sucrose (açúcar de mesa) e frutose (principalmente de xarope de milho).

O médico enfatiza ainda, que o açúcar, além de ser totalmente desprovido de nutrientes, nada acrescenta ao organismo. Contrário, é extremamente maléfico ao corpo a ponto de trazer graves prejuízos à saúde. Veja alguns exemplos:

• O açúcar, para ser metabolizado, consome vitaminas do complexo B e outros importantes minerais, como o cromo, podendo causar deficiência desses elementos. Interfere da mesma forma na utilização da vitamina C (ambos usam o mesmo mecanismo de transporte) e ainda rouba cálcio de ossos e dentes. Sabe-se também que eleva o nível triglicérides, o que se reconhece como fator de risco cardiovascular.

• Promove alterações importantes na glicemia sanguínea, disparando a produção de insulina, além de causar perda de energia, sonolência, letargia e desejo por mais açúcar ou carboidrato refinado. Esse efeito ioiô, estressa o pâncreas e as glândulas adrenais, órgãos importantes no controle do estresse e da energia.

• Causa depressão imunológica, o que foi comprovado por estudos realizados pelo pesquisador inglês John Yudkin, em 1960, que demonstrou que, durante muitas horas depois de ingerido, o açúcar altera a atividade dos glóbulos brancos, a linha de frente de defesa do organismo contra vírus e bactérias.

• Como é alimento para bactérias e fungos, potencializa problemas causados por Candida albicans. Também aumenta o risco de câncer de mama e outros.

Já o açúcar da cana ao natural, por se rico em nutrientes, é um alimento constituído de boas qualidades. Porém, depois de refinado, ele perde essa característica. A rapadura (açúcar do suco de cana evaporado) pode ser considerada uma boa forma de açúcar, desde que consumida em pequenas quantidades.

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