O exame oftalmológico em crianças
No exame oftalmológico em adultos, o médico geralmente tem a total cooperação do paciente. Já no infantil, a cooperação tem relação direta com a habilidade do oftalmologista em cativar a criança e obter sua atenção.
A primeira parte do exame oftalmológico consiste em avaliar a acuidade visual, com o uso de figuras ou símbolos facilmente identificáveis pela criança. Nas menores, que ainda não falam, a acuidade visual é estimada pelo padrão de fixação. O oftalmologista observa se ela é capaz de fixar objetos e segui-los enquanto são movidos horizontal e verticalmente.
O médico também examina as pupilas, verificando a forma, a cor e a reação a luz, e observando se a pupila se contrai quando a luz é focada sobre os olhos da criança.
Em seguida, é feito o exame de motilidade ocular. O médico avalia a posição dos olhos, que devem estar alinhados sem apresentar nenhum desvio. Esse exame é realizado fazendo com que a criança fixe objetos, tanto de perto como de longe. Para perto, são usados brinquedos que chamam a atenção da criança e, para longe, utiliza-se uma televisão acoplada a um filme com desenhos animados.
Após essas avaliações, pingam-se gotas de colírio para dilatar a pupila. Com a pupila dilatada, o oftalmologista fará uma boa refração, isto é, ele poderá avaliar a necessidade ou não do uso de óculos. Além disso, a pupila dilatada permite o melhor exame das estruturas internas do olho, o chamado exame de fundo de olho.
DR. MAURO PLUT. Médico Oftalmopediatra da Clínica Oftalmológica do Hospital Israelita Albert Einstein e autor do capítulo de oftalmologia pediátrica do livro MEDICINA MITOS E VERDADES (Carla Leonel), Editora CIP. Artigo do livro.
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