Causas e sintomas da pneumonia
O que é pneumonia?
A pneumonia é uma reação inflamatória do pulmão, em geral, causada por bactérias ou vírus, podendo ser também resultantes da contaminação por outros microrganismos, como os fungos e o mycoplasma. Estes microrganismos ultrapassam as defesas naturais do corpo e invadem o pulmão, causando infecção e inflamação.
Existe pneumonia causada por fungos?
Sim. E deve-se ficar atento nesses casos pois, geralmente, tem sintomas mais leves sendo confundida com a gripe. Se não tratada adequadamente pode se agravar já que existem alguns tipos de fungos que podem propagar-se a outras partes do organismo.
Quais os outros tipos de pneumonia existentes? É verdade que alguns animais podem transmitir pneumonia para as pessoas?
Existem vários tipos de pneumonia e é denominadapneumonia atípica. Normalmenteo paciente não tem a febre alta, costuma ser abaixo de 38°C e são causada por microrganismos como a clamídia, mycoplasma e a legionella:
1) A Chlamydia psittaci é uma bactéria encontrada principalmente em pássaros, como pombos, papagaios e periquitos.
2) As bactérias do gênero legionella vivem na água e a epidemia ocorre quando as bactérias se propagam pelos sistemas de ar-condicionadode hotéis e hospitais.
Os principais sintomas são ataques de tosse seca, falta de ar, calafrios e muita fraqueza. Às vezes pode surgir diarreia.
•Tanto o mycoplasma e a clamídia são mais comuns na faixa etária entre 5 e 35 anos.
•Já a legionella afeta mais frequentemente pessoas de meia-idade e os idosos.
•Existe também um tipo de pneumonia muito comum em alcoólatras, chamada de pneumonia aspirativa. Ocorre quando algum material estranho é inalado ou aspirado para dentro dos pulmões. Normalmente alimentos presentes no estômago são aspirados para o pulmão após os vômitos. É frequente também em epiléticos durante a crise convulsiva.
Outras condições que propiciam o aparecimento de pneumonia:
• Reações alérgicas: inalação de substâncias agressivas ao pulmão, como a fumaça, agrotóxicos ou outros produtos químicos;
• Doenças e condições que reduzem a resposta imunológica normal e enfraquece as defesas do aparelho respiratório: gripe mal curada, mudança brusca de temperatura;
• Ar muito seco: seja pelo tempo ou por uso constante de ar-condicionado também facilita a pneumonia por vírus ou bactérias.
Os principais sintomas da pneumonia são:
• Mal-estar geral, acompanhado de enfraquecimento,
• Falta de apetite,
• Febre alta (acima de 39°),
• Dor torácica,
• Tosse produtiva com catarro mucopurulento (coloração amarelo-esverdeado), contendo, algumas vezes, estrias de sangue.
Como tratar a pneumonia?
Como parte das medidas gerais, seja qual for a causa, é condição obrigatória o repouso e uma alimentação adequada, bem como a manutenção do paciente convenientemente hidratado, mediante ingestão abundante de líquidos.
Que tipos de remédios são usados para tratar a pneumonia?
Com relação à medicação, devem ser administrados antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios, de acordo com os sintomas e a critério médico.
Nos casos das pneumonias por fungos, administra-se também os antifúngicos.
Os antibióticos são utilizados apenas no caso das pneumonias bacterianas. A via de administração depende fundamentalmente da gravidade:
• Via oral: nos casos mais leves;
• Intramuscular: nos casos de moderada gravidade, ou quando o paciente é incapaz de ingerir a medicação;
• Endovenosa: a administração dos medicamentos é, em geral, reservada ao ambiente hospitalar, sendo indicada em casos de maior gravidade.
Contra a pneumonia viral não há tratamento específico. Recomendam-se as medidas gerais comentadas anteriormente, incluindo medicação sintomática para aliviar as queixas do paciente, como febre e dor, por exemplo.
CONSEQUÊNCIAS DA PNEUMONIA
A gravidade do quadro de pneumonia dependente de vários fatores. Deve-se considerar o agente causal, a extensão da lesão, a resistência dos microrganismos aos antibióticos e a condição de defesa do organismo, na qual se inclui o estado nutricional do paciente.
Em geral, as pneumonias em crianças e idosos tornam-se mais graves, por conta da maior fragilidade e menor resistência do organismo, fatores típicos de faixas etárias extremas. Essa gravidade decorre da reduzida condição de luta contra as infecções, o que determina uma evolução mais prolongada e um maior número de complicações, devendo-se considerar as bronquiectasias (dilatações brônquicas), o derrame pleural (acúmulo de líquido no espaço pleural), e a formação de abscessos no tecido pulmonar.
Conteúdo do livro Medicina Mitos e Verdades (Carla Leonel). Perguntas e Respostas em 22 especialidades médicas. Capítulo de pneumologia. Médico responsável Prof. Dr. Francisco Vargas, Titular da Disciplina de Pneumologia da USP.
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