Causas de manchas escuras e vasinhos no rosto
Quando se fala na dupla “sol e protetor solar”, logo vêm à cabeça a prevenção contra o câncer de pele, queimaduras solares e envelhecimento precoce. É inquestionável que todas essas situações representam a necessidade obrigatória do filtro solar. Porém, este produto tem mil e uma utilidades e seu uso também é fundamental para evitar manchas escuras, pontos claros, vasinhos na face e até flacidez. Um dos grandes inconvenientes do sol é que ele tem efeito cumulativo, e de pouco a pouco, provoca alterações no DNA da pele que só serão percebidas depois de muitos anos.
O processo começa na infância, época em que se passa a maior parte do tempo ao ar livre. Mesmo quem começa a dar atenção à pele no início da fase adulta, já recebeu cerca de 50 a 80% da radiação solar de toda a vida. Por isso, atenção redobrada ao uso do protetor solar nos pequenos, já que a maior parte dos problemas de pele na vida adulta é consequência da falta de cuidados com seu filho quando ele ainda não podia decidir por si mesmo.
Como não adianta “chorar pelo leite derramado”, todos que sofreram queimaduras de sol quando crianças devem intensificar os cuidados e jamais dispensar o protetor solar, de janeiro a dezembro, faça sol ou faça chuva, inclusive dentro de casa. Isso porque estudos comprovam que a luz visível, ou seja, as lâmpadas, principalmente fluorescentes, embora bem menos danosa que os raios de sol, também emitem ondas com potencial de causar pigmentação na pele provocando manchas em pessoas vulneráveis. Atenção mulheres que estejam em procedimentos dermatológicos (peelings, laser, ácidos, etc). Dá-lhe filtro solar!
Da mesma forma, quem faz depilação no buço com cera, corre o risco de desenvolver melasma na região: ao remover os pelos, a pele fica sensível e pode estimular a produção de melanina originando a hiperpigmentação. Capriche no filtro solar para evitar que o bigode anteriormente causado por penugens, se transforme em um bigode por manchas.
O melasma é caracterizado por pontilhados e/ou manchas castanhas escuras principalmente em regiões da face, como as maçãs do rosto, buço, testa, nariz e têmporas, mas também pode surgir no corpo. A causa exata é desconhecida, mas a ação dos raios ultravioleta associado à predisposição hormonal é fato comprovado. Há um conjunto de fatores envolvidos no desenvolvimento do melasma e a gravidez, a influência genética e alguns tipos raciais (orientais e latinos) têm chances aumentadas no seu aparecimento. Acomete com mais frequências às mulheres entre 30 e 55 anos, apesar de manifestar-se em homens (10% dos casos). Quando estas manchas ocorrem durante a gravidez é chamada de cloasma gravídico. Quem tem tendência ao melasma/cloasma deve usar bloqueador ou filtro solar potente com proteção FPS 50 contra os raios UVA e UVB. E mesmo que não tem, não espere para vê-las aparecer. Algumas não têm tratamento. Utilize o protetor solar diariamente (clique no link e saiba qual FPS você deve usar).
Outras situações que mancham a pele é o uso de medicamentos fotossensibilizantes que reagem à luz. Além dos hormônios, podemos citar os antibióticos à base de tetraciclina, alguns antifúngicos, anti-histamínicos, analgésicos, anticonvulsivantes e até conservantes de produtos cosméticos que podem aumentar a sensibilidade aos raios de sol, favorecendo, inclusive, reações alérgicas.
Se você tiver com hematomas, pele esfoliada, marcas de picadas ou cicatrizes, deve evitar o sol e usar o bloqueador solar nessas regiões sob o risco de desenvolver manchas esbranquiçadas ou amarronzadas.Manchas brancas na pele também pode ser causada por fungos. Conhecida como micose de praia ou pano branco é causada por fungos do gênero Malassezia.
Já as manchas causadas especificamente pelo sol são chamadas de melanose solar e costuma ser mais frequente em pessoas com peles claras ou aquelas que abusam do sol. Apresentam-se como manchas escuras esparsas que ocorrem na face, no colo, no dorso das mãos e nos antebraços. A melanose solar tem um significado importante, pois indicam o grau de exposição solar durante a vida do indivíduo. Por isso, após os 50 anos, é comum chamá-las de manchas senis, por representarem justamente o dano cumulativo do sol no decorrer da vida.
A exposição solar sem proteção também favorece o surgimento das telangiectasias. Trata-se de minúsculos vasinhos com aspectos de pequenas aranhas vasculares ou retiformes (em forma de rede) que se formam em regiões da face, pescoço ou colo. Surgem, geralmente, a partir dos 30 anos.
Os danos provocados pelo sol, da mesma forma, leva a perda de elasticidade da pele. Leia-se: flacidez em geral, rugas e envelhecimento precoce. Os melanócitos começam a diminuir entre o final dos 30 e 40 anos, reduzindo a capacidade da pele de defesa. É nesta fase que começa, igualmente, a surgir as manchas de pele.
Excluindo todas as causas estéticas, o câncer é a pior consequência pela exposição solar sem proteção. O aumento significativo de câncer de pele é determinado pela diminuição da camada de ozônio que, antigamente, protegia a população da radiação solar. Hoje, a radiação chega mais forte a terra e como a pele é um órgão como todos os outros do corpo humano, além de estar permanentemente exposta, a ação dos raios ultravioletas pode atingir as células da pele de forma nociva levando-a a perder o controle de reduplicação, que é o câncer.
O câncer de pele manifesta-se primeiro por meio de uma mancha escura ou esbranquiçada, seguida de aspereza e descamação e, finalmente, surgem os tumores, que são lesões infiltradas semelhantes a caroços. Pesquisas indicam que 85% dos casos de câncer de pele poderiam ser evitados com a proteção adequada até os 18 anos. Clique no link azul e leia o artigo: os tipos de câncer de pele
Vê-se que não faltam motivos para você dispensar ou negligenciar o filtro solar.
Apenas os pequenos até os seis meses de idade não devem fazer uso do protetor solar já que nesta fase, o sistema imunológico ainda não está totalmente desenvolvido podendo provocar reações alérgicas. Mantenha os bebês longe da exposição solar direta, e ao sair de casa, proteja-os com roupas, chapéu e sombrinha. O banho de sol indicado pelo pediatra é necessário para ativar a vitamina D, importante na formação dos ossos. O tempo se restringe entre cinco a dez minutos por dia, quando o sol não está tão forte (antes das 10h ou após as 16h) e, lembrando, sem filtro solar. O mesmo vale para as mulheres, na prevenção da osteoporose, depressão, reumatismo etc. O filtro solar bloqueia a síntese da vitamina D.
A sociedade Brasileira de Dermatologia orienta a exposição direta ao sol de pernas, braços, costas, barriga ou palmas e plantas dos pés ou mãos, por 5 a 10 minutos todos os dias, com a finalidade de sintetizar a vitamina D. Como opção, pode-se substituir este tempo por 15 a 20 minutos, pelo menos três vezes na semana. Nas outras áreas, use roupas adequadas e protetor solar todos os dias, independente de dias frios, nublado ou com chuva, pois a radiação U.V atravessa as nuvens e atinge a superfície da terra (clique no link azul e leia os artigos sublinhados). Apenas o protetor consegue refletir ou dispersar a radiação UV, protegendo a pele.
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