Aids e a relação sexual

Aids e a relação sexual

O Dia Mundial de Luta contra a AIDS é celebrado todo dia 1º de dezembro. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, de 2007 até junho de 2018, foram notificados no Sinan 247.795 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo que a região sudeste apresentava o maior número de pessoas infectadas:

1º Região Sudeste: 117.415 (47, 4%)

2º Região Sul: 50.890 (20, 5%)

3º Região Nordeste: 42.215 (17, 0%)

4º Região Norte: 19.781 (8, 0%)

5º Região Centro-Oeste e 17.494 (7, 1%)

Atualmente, o número de brasileiros infectados com HIV é de aproximadamente 530 mil pessoas, com uma média de 36 mil novos casos por ano.

Os agentes da transmissão do vírus HIV são o esperma, a secreção vaginal, o sangue e o líquor (líquido da espinha). A transmissão de mãe para filho se dá no útero, durante o parto ou na amamentação. Além dessas, não existe nenhuma outra forma importante de transmissão.

O beijo na boca pode transmitir o vírus da AIDS se existir alguma lesão, com participação de sangue. O vírus está presente na lágrima, suor, saliva e urina em concentrações insuficientes para contaminação e, fora do corpo, fica inativo muito rapidamente.

Tomar água no mesmo copo usado por uma pessoa portadora do vírus não oferece problema algum, desde que não exista sangue ou qualquer ferimento, pois o vírus fora da célula morre muito rápido.

O infectologista Prof. Dr. Vicente Amato neto lembra ainda que considerando que o esperma é contagioso, ele transmite o vírus até mesmo sem nenhum ferimento. O risco apenas aumenta quando existe alguma lesão ou ferimento.

Uma relação vaginal transmite seis vezes menos que uma relação anal, porque a mucosa da vagina tem elementos para se defender, além de apresentar menor trauma mecânico, quando comparada a relação anal.

Já a mucosa do reto não se defende bem. Portanto, a relação sexual anal é seis vezes mais contagiosa que a vaginal. Mas pode acontecer de haver relação com pessoa infectada com o vírus, sem acontecer o contágio.

Em uma escala, o risco maior de contágio é pela transfusão de sangue. Quem recebe um frasco com 450 ml de sangue de um soropositivo, adquire a doença em praticamente 100% dos casos. Em segundo lugar vem a transmissão entre toxicômanos e, a relação sexual está em terceiro lugar como fator de transmissão da AIDS.

Pode parecer um contrassenso dizer que a relação sexual está em terceiro lugar como fator de transmissão da AIDS, se a maioria das pessoas infectadas o são por relação sexual. A explicação para esse fato é que a relação sexual é um ato cotidiano. Apesar de a porcentagem de risco ser menor, ela é muito mais frequente e por isso assume o primeiro lugar em número de pessoas infectadas.

O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune. Clique no link e leia o artigo complementar: Tratamento da AIDS

Assim pega:

• Sexo vaginal sem camisinha;

• Sexo anal sem camisinha;

• Sexo oral sem camisinha;

• Uso de seringa por mais de uma pessoa;

• Transfusão de sangue contaminado;

• Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;

• Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Assim não pega:

• Sexo desde que se use corretamente a camisinha;

• Masturbação a dois;

• Beijo no rosto ou na boca;

• Suor e lágrima;

• Picada de inseto;

• Aperto de mão ou abraço;

• Sabonete/toalha/lençóis;

• Talheres/copos;

• Assento de ônibus;

• Piscina;

• Banheiro;

• Doação de sangue;

• Pelo ar.

Conheça os11 sintomas de alerta para AIDS: infecção pelo vírus HIV

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