11 sintomas de alerta para AIDS: infecção pelo vírus HIV

11 sintomas de alerta para AIDS: infecção pelo vírus HIV

Os sintomas do HIV podem ser identificados quanto tempo após o contato com o vírus?
Os sintomas podem surgir de 2 a 4 semanas após o contágio com o vírus HIV, varia de pessoa a pessoa e da carga viral recebida. Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 50% das pessoas infectadas com HIV apresentam sintomas de 5 a 30 dias após a infecção.

Nesta primeira fase, as manifestações duram, em média, 2 semanas e é conhecida como infecção aguda pelo HIV. Também pode ser chamada de síndrome de infecção aguda pelo HIV, infecção primária pelo HIV ou síndrome retroviral. Todos os nomes referidos representam a mesma coisa, e significa o período imediato após a infecção pelo vírus HIV.

Neste ano, já foi registrado 1, 8 milhões de novos casos de infecções por HIV. Apesar do número expressivo, houve uma queda de 47%, comparado com o pico da doença em 1996, fase que registrava 3, 4 mil novos casos anualmente.

Desde o início da epidemia, 35, 4 milhões de pessoas morreram, vítimas da AIDS.

ALERTA aos 11 sintomas que indicam infecção aguda pelo vírus HIV

1.Febre alta (38, 3° C ou mais);

2.Dor muscular;

3.Cansaço;

4.Dor de garanta: sem presença de pus e localizada na faringe (amígdalas permanecem normais, sem aumento);

5.Inchaço dos gânglios linfáticos: principalmente, no pescoço e nas axilas, podendo ocorrer também na virilha;

6.Dor de cabeça;

7.Náuseas e/ou vômitos;

8.Diarreia;

9.Perda de peso;

10. Suores Noturno;

11. Lesões na pele (rash cutâneo): pequenas manchas de cor vermelha, podendo ter discreto relevo e de forma arredondada. Pode ser encontrada no rosto, pescoço, tórax, palmas das mãos ou solas dos pés.

ATENÇÃO: Tal como uma gripe, os sintomas duram pouco tempo e depois desaparecem

Como você pode perceber, os sintomas iniciais se assemelham a uma gripe ou a infecções simples do aparelho respiratório. Da mesma forma, são autolimitados e desaparecem em pouco tempo, quando o paciente entra na fase assintomática (sem sintomas) da doença e pode permanecer por anos sem qualquer tipo de sintoma. Por isso, é indispensável para aqueles que tenham se exposto a alguma situação sexual diferente ou se enquadrem dentro do comportamento de risco procurem aconselhamento médico.

AVISO IMPORTANTE: 9, 4 milhões de pessoas não sabem que estão com HIV

Infelizmente, pelas estatísticas, cerca de 9, 4 milhões de pessoas ainda não sabem que estão com a doença. Número bastante grande, o que mostra a importância dos exames preventivos. Quanto antes for diagnosticado a doença, melhor responde ao tratamento, além de diminuir as chances de transmissão. Caso evolua para a AIDS, ocorre o enfraquecimento e destruição progressiva do sistema imunológico, podendo levar à morte.

O paciente que não foi diagnosticado enquanto era soropositivo, acaba indo procurar ajuda médica apenas quando percebe alterações mais grave da imunidade, que significa a presença de febre prolongada ou doenças que retornam, se prolongam e não curam. Também surgem novas doenças e de forma mais grave. Um dos sintomas visíveis e característicos da AIDS é o Sarcoma de Kaposi (pacientes sem AIDS também podem ser acometidos). Trata-se de um tumor raro que provoca manchas marrons ou vermelhas na pele, podendo se estender por todo o corpo e também surgir na boca.

Quem se enquadra no comportamento de risco?

Antigamente, o grupo de risco era, principalmente, os homossexuais masculinos ou bissexuais, usuários de drogas injetáveis, hemofílicos e pacientes que recebiam transfusões. Com a liberação sexual e a facilidade de sexo sem compromisso com múltiplos parceiros, o vírus se espalhou de tal forma, que não se fala mais em grupos específicos: hoje é referido como comportamento de risco. O número de heterossexuais com HIV, por exemplo, aumentou, principalmente, entre as mulheres, as maiores vítimas deste tipo de transmissão.

MULHERES representam 48, 7% dos casos de HIV

Toda semana surge cerca de 7 mil novos casos de HIV em mulheres de todo o mundo. As causas são diversas, desde estupro, violência sexual e até a infidelidade, neste último, pela crença que em um relacionamento supostamente monogâmico não ter necessidade do uso de preservativo. O infectologista Prof. Dr. Vicente Amato Neto esclarece que o esperma pode ser até mais contagiante que o sangue, pois é capaz de transmitir o vírus até mesmo sem a existência de ferimentos.

Confira a comparação esperma x sangue

O homem é transmissor em potencialmente do HIV pela relação sexual, já que o esperma não necessita de qualquer ferimento para estabelecer o contágio. Basta a relação sexual com pessoa infectada pelo vírus. Como fator agravante, a relação anal transmite 6 x mais que a relação vaginal.

No caso do sangue, para contrair o HIV é necessário à existência de ferimentos ou em situações de transfusão de sangue contaminado.

Observação: o contágio por transfusão de sangue diminuiu consideravelmente nos últimos anos devido aos testes e seleção dos doadores. Também foram realizadas campanhas educativas para conscientização de pessoas que tenham se exposto a situações de riscos ou tenham tido qualquer doença doenças sexualmente transmissíveis, não doarem sangue. Informe-se: Dúvidas sobre a doação de sangue

O risco de infecção pelo HIV é:

a) 27 vezes maior entre homens homossexuais ou bi (estende-se o risco a parceira deste homem)

b) 23 vezes maior entre pessoas que usam drogas injetáveis;

c) 13 vezes maior entre profissionais do sexo e mulheres trans;

Independente da forma que o homem contraiu o vírus, basta ele ter relações sexuais com a parceira, namorada ou esposa sem preservativo para ela contrair o vírus. Assim está a explicado um dos motivos para o aumento de número de casos de AIDS em mulheres heterossexuais.

O infectologista Prof. Dr. Vicente Amato Neto, esclarece que as mulheres 100% homossexuais e que não se relacionam com parceiros masculinos, não correm risco de contrair o HIV pela relação sexual por não terem contato com o esperma.

Na relação sexual, a mulher soropositiva também transmite, porém, bem menos que os homens. A secreção vaginal é menos contagiante que o esperma. Leia o artigo complementar: AIDS e relação sexual

Estatísticas

Um estudo realizado no ano de 2017, demonstrou que 75% das pessoas com HIV conheciam seu estado de soropositivo.

Entre as mulheres, a faixa etária com maior número de soropositivas está entre 35 e 39 anos (51, 6%) e de 25 a 29 anos (41.8%).

Atualmente, o numero de pacientes com AIDS se equiparou em relação aos sexos. Os homens correspondem a 52, 6% dos casos e, as mulheres alcançam a faixa de 48, 7% .

Como o médico consegue fazer o diagnóstico nesta fase inicial da doença?

É muito difícil o diagnóstico preciso no início da infecção, até porque os exames diagnósticos levam de 1 a 3 meses até se tornar positivo.

Se você se expôs a alguma dessas situações de comportamento de risco ou conhece alguém que se encaixe nessas descrições, aconselhamos a ler o artigo sobre Tratamentos emergenciais para o vírus HIV. Atualmente existem medicamentos que se administrados até 72 horas após a relação sexual pode reduzir os riscos de infecção pelo HIV.

O que significa infecção aguda pelo HIV? Como é a evolução do vírus no início do contágio?

Infecção aguda pelo HIV é o período de tempo caracterizado após o contato com o vírus da AIDS, e o surgimento dos anticorpos (soropositivo). O tempo varia de 1 a 3 meses, podendo se estender até 6 a 12 meses, apesar de raro.

a) Logo nos primeiros dias, ocorre à multiplicação do HIV, aumentando a circulação do vírus no sangue (chamado carga viral).

b) Mesmo assim, as defesas do corpo ainda não tiveram tempo para responder ao vírus, o que impossibilita o diagnóstico imediatamente após a infecção.

c) Este período é chamado de janela imunológica, que corresponde ao intervalo de tempo entre a infecção com o vírus e a produção de anticorpo anti-HIV.

d) É por meio da detecção desses anticorpos que o exame confirma o diagnóstico.

e) Em média, após 6 a 8 semanas depois de adquirir o vírus HIV, o corpo começa a se defender criando anticorpos. Apesar que após 30 dias já é possível fazer o teste, que dependendo da carga viral e do sistema imunológico individual, confirma-se o diagnóstico. Nos outros casos, poderá ocorrer um falso-negativo e, portanto, o prazo correto para evitar resultados falsos ou duvidosos são 3 meses. Veja as informações em Exames para confirmação do vírus HIV

f) Após aproximadamente 12 semanas, ocorre uma diminuição da quantidade de vírus de HIV, mas ele permanece no corpo para sempre. Estes são os casos que chamamos de soropositivo.

g) Porém, mesmo os soropositivos que não apresentam sintomas e não desenvolvem a doença AIDS, podem transmitir o vírus HIV e o receptor, dependendo do sistema imunológico, poderá desenvolver, inclusive a AIDS.

HIV) Segundo o infectologista Prof. Vicente Amato Neto, a prática mostra que 1/3 dos soropositivos desenvolvem a AIDS depois de 5 ou 7 anos. Quem se submete ao tratamento tem mais chances de não evoluir para AIDS.

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Prof. Vicente Amato Neto é autor do capítulo de infectologia do livro Medicina Mitos e Verdades (Carla Leonel ) e Ex-Presidente da Comissão Nacional de AIDS, do Ministério da Saúde.