Sintomas do câncer de próstata
Quais os sintomas do câncer na próstata?
O câncer da próstata, cujo nome médico é adenocarcinoma da próstata, pode provocar sintomas de obstrução a micção, semelhantes aos que ocorrem na hiperplasia benigna da próstata. Além disso, quando o tumor ultrapassa os limites da glândula, dirigindo-se mais frequentemente para gânglios linfáticos regionais, ossos e pulmões, pode causar sintomas decorrentes do comprometimento desses órgãos. O sintoma mais comum é a dor óssea e, em casos muito avançados, pode haver emagrecimento e fraqueza levando, inclusive, ao óbito.
O câncer da próstata é uma doença que em o estágio inicial, habitualmente, não causa nenhum sintoma e, por isso, o tumor passa despercebido do paciente que, muitas vezes, vai procurar atenção médica somente quando já houve disseminação da doença para outros órgãos (metástases). Quando detectado nos estágios iniciais, o câncer da próstata é passível de cura por meio de cirurgia.
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Por ser um câncer de evolução silenciosa, ultimamente os urologistas têm direcionado seus esforços no sentido de divulgar e promover a avaliação preventiva e sistemática da próstata em pacientes acima dos 50 anos, independentemente de haver qualquer sintoma. Preconiza-se que o exame preventivo do câncer da próstata seja realizado anualmente porque, sendo ele uma doença de crescimento lento, a periodicidade anual permite um diagnóstico precoce o suficiente para permitir a cura.
Em casos específicos, com indícios sugestivos, mas não comprovados da doença, a próstata deverá ser examinada com maior frequência, a ser determinada pelo urologista. Os homens com maiores riscos, com histórico familiar de câncer da próstata, deverão iniciar os exames preventivos aos 40 anos.
O exame preventivo do câncer da próstata consiste basicamente na realização de consulta urológica e exames subsidiários. Na consulta é feita uma avaliação dos eventuais sintomas e, também, o exame físico, que consiste principalmente no exame digital da próstata, efetuado através de toque retal. Esse exame, constrangedor e temido por muitos homens, principalmente por questões culturais e de preconceito machista, não é doloroso e permite a obtenção de informações muito valiosas para o médico, como o tamanho da glândula, sua consistência, presença de nódulos ou de áreas endurecidas.
Os exames subsidiários utilizados na prevenção das doenças prostáticas incluem exame do sedimento urinário, ultrassonografia do aparelho urinário e da próstata, além da dosagem de marcadores tumorais da próstata, efetuada através de exames de sangue. Os marcadores tumorais atualmente utilizados são a fração prostática da fosfatase ácida e o PSA (antígeno prostático específico), o mais importante deles na atualidade.
PSA é uma glicoproteína sintetizada unicamente pela próstata, com função relacionada a liquefação do coágulo espermático, que se forma logo após a ejaculação. Sua dosagem no sangue tem como valor normal de referência o limite superior de 2, 5 (homens abaixo dos 60 anos) ou 4 mg/ml (acima dos 60 anos), embora níveis acima desse não impliquem necessariamente no diagnóstico de câncer da próstata, uma vez que outros fatores podem elevar o PSA, como:
• Hiperplasia benigna da próstata;
• Prostatites agudas;
• Manipulações da glândula, como na biópsia;
• Massagem prostática;
• Ultrassom transretal.
A importância do PSA na prática tem como base o fato de que no câncer da próstata a produção dessa substância pode estar até 10 vezes mais elevada. Em caso de suspeita de câncer da próstata, o diagnóstico pode ser aprimorado através da realização de ultrassonografia transretal da próstata, e confirmado através de biópsia da glândula.
Conteúdo do livro MEDICINA - MITOS & VERDADES (Carla Leonel ) Capítulo de urologia. Médico responsável Prof. Dr. Sami Arap (Prof. Titular Emérito da Disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina - USP e Coordenador do Núcleo Avançado de Urologia do Hospital Sírio Libanês.
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