O antibiótico e a gripe

O antibiótico e a gripe

Quais as consequências para as pessoas que se automedicam com antibióticos para curar uma gripe?
Essa é uma das situações mais inadequadas que ocorrem no dia a dia. Não são apenas os balconistas de farmácias que prescrevem antibiótico à toa. São também médicos, que à s vezes não têm competência para fazer um diagnóstico preciso, para receitarem antibiótico. Os inconvenientes desse ato são os efeitos inesperados que podem ser causados pelo uso dos antibióticos. Cada um desses medicamentos produz efeitos adversos peculiares, como reações alérgicas, diarreias e doenças no sangue. O problema mais sério relacionado ao uso abusivo dos antibióticos diz respeito aos germes que vão se tornando resistentes. Quando o paciente tiver uma complicação e necessitar realmente de antibiótico, eles não produzirão mais efeitos de cura.

Também é errado empregar o antibiótico para prevenir complicações decorrentes da afecção. No caso da gripe, muitos médicos prescrevem erroneamente o antibiótico para evitar infecções por bactéria, como por exemplo, a pneumonia. É importanteestar cienteque o agente causador da gripe é um vírus, e o antibiótico mata apenas bactérias. O antibiótico só surte efeito se, juntamente com o quadro de gripe, ocorrer por exemplo, uma faringite com formação de pus (que é o que evidencia a existência de bactérias). Nesse caso, o antibiótico será administrado para curar a faringite e não a gripe em si.

Conteúdo do livro Medicina Mitos e Verdades (Carla Leonel). Capítulo de infectologia. Médico responsável: Prof. Dr. Vicente Amato Neto (Prof. Titular Emérito do Departamento de Doenças Infecciosas da Faculdade de Medicina – USP).

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