Câncer no pâncreas: causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção

Câncer no pâncreas: causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção

Por que o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade? Quais as chances de cura?
O câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e de seu comportamento agressivo. No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença. Se for descoberto na fase inicial, tem chances de cura.Porém, a localização do pâncreas, na cavidade mais profunda do abdômen, atrás de outros órgãos, prejudica a detecção do tumor, que em geral acontece tardiamente.

Que exames são necessários para o diagnóstico?
Entre os exames que podem ser solicitados estão os de sangue, fezes, urina, ultrassonografia abdominal, tomografia, ressonância nuclear de vias biliares e da região do pâncreas. A confirmação se dá por biópsia de tecido do órgão.

Quais os sintomas que podem sugerir o tumor no pâncreas?
Os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor. Os mais perceptíveis são perda de apetite e de peso, fraqueza, diarreia e tontura.O tumor que atinge a cabeça do pâncreas provoca icterícia, doença que deixa a pele e os olhos amarelados (causada pela obstrução biliar).

Quando o tumor avança, um alerta comum é a dor na região das costas, no início, de baixa intensidade, podendo ficar mais forte.Outro sintoma é o aumento do nível de glicose (açúcar) no sangue, causado pela deficiência na produção de insulina, principal função do pâncreas.

Pode-se prevenir o câncer no pâncreas? Que fatores provocam o seu aparecimento?
O câncer de pâncreas está relacionado ao consumo excessivo de gordura, de carnes e de bebidas alcoólicas, fumo e à exposição a compostos químicos, como solventes e petróleo, durante longo tempo. Quanto maior a quantidade e o tempo de consumo, maior o risco.

O tabaco aparece como principal fator de risco para o surgimento desse tipo de câncer. Quem faz uso do cigarro e seus derivados, tem três vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas do que os não fumantes.

Não fumar, evitar a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, além de adotar dieta balanceada, rica em frutas e vegetais, são medidas válidas para prevenir o câncer de pâncreas.

Pessoas com doenças pancreáticas estão mais propensas a desenvolver o câncer no pâncreas?
Pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes mellitus, submetidas a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno, que sofreram retirada da vesícula biliar, bem como com histórico familiar de câncer têm mais chances de desenvolver a doença. Esse grupo deve se submeter a exames médicos periódicos.

Como tratar o câncer no pâncreas?
Nos casos onde a cirurgia é uma opção, o mais indicado é a ressecção (retirada do tumor).

Há, ainda, os procedimentos de radioterapia e quimioterapia, associados ou não, que podem ser utilizados para redução do tamanho do tumor e alívio dos sintomas.

Para pacientes com metástases (disseminação do câncer para outras partes do corpo) a alternativa, como paliativo (apenas para alívio dos sintomas), é a colocação de endoprótese.

Qual a taxa de mortalidade deste tipo de câncer?
Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC), os casos da doença aumentam com o avanço da idade: de 10/100.000 habitantes entre 40 e 50 anos para 116/100.000 habitantes entre 80 e 85 anos. Costuma ser raro antes dos 30 anos, tornando-se mais comum a partir dos 60 anos. A incidência é mais significativa em homens.

Palavras em azul são links. Clique nelas para ler os assuntos correspondentes.

Fonte: medicina mitos e verdades, Inca