Os riscos da sedação

Os riscos da sedação

O que é a sedação? Sedação é uma anestesia geral mais fraca?
Sedação tem sentido amplo. O termo identifica intervenção destinada a atenuar (diminuir) estado de hiperatividade. No contexto de nossa discussão, a sedação pode ser interpretada como um procedimento capaz de reduzir a ansiedade, induzir a hipnose (sono), provocar amnésia (eliminar registros da memória), ou mesmo desacelerar o metabolismo. Ainda que essas qualidades também estejam presentes na anestesia geral, a principal característica de qualquer anestesia (geral ou regional) é a analgesia (eliminação da percepção dolorosa).

As possíveis reações em uma sedação seriam equivalentes da anestesia geral?
A sedação interfere em funções orgânicas vitais em intensidade nem sempre previsível. Muitos sedativos usados para fazer o paciente dormir podem provocar uma depressão respiratória intensa. Nessa situação há necessidade da ventilação pulmonar artificial para evitar as complicações e sequelas da ausência de oxigênio no cérebro. Sempre que o sistema nervoso é deprimido, pode ocorrer a perda do controle de funções essenciais à vida e a inibição dos reflexos que protegem as vias aéreas (como a tosse).

A função do anestesista é manter a integridade de todos os órgãos. Com o paciente monitorado qualquer complicação pode ser revertida com rapidez. Assim, a sedação, seja leve ou profunda, requer supervisão por anestesista qualificado e monitorização em muitos aspectos tão extensa quanto a utilizada em anestesia geral. Portanto, deve ser sempre realizada em ambiente hospitalar já que consultórios médicos não dispõem destes recursos.

Quais as medicações utilizadas na sedação?
Os sedativos mais comumente empregados vêm a ser os diazepínicos (diazepan, midazolan, lorazepan, entre outros) e o propofol. Em alguns casos, são associados a essas drogas os opioides (morfina para alívio da dor).

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Conteúdo do livro MEDICINA MITOS E VERDADES (Carla Leonel). Capítulo de Anestesiologia. Médico responsável Prof. Dr. José Luiz Gomes do Amaral: Prof. Titular da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP); Ex-Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB) por dois mandatos (2005-2008/2008-2011); Presidente da Associação Médica Mundial — entidade que congrega 97 países, representando 9 milhões de médicos.