Parto normal ou cesárea?
Em termos de saúde pública, tem-se advogado pela escolha do parto normal como ideal. Isso se justifica pela diminuição de custo e possibilidade de alta mais precoce. No sistema suplementar de saúde e na clínica privada tem-se observado uma frequência maior de cesarianas, no Brasil e em vários países do mundo.
Segundo o obstetra Prof. Dr. Thomaz Gollop há vários estudos mostrando que as mulheres que tiveram partos normais tem de sete a onze vezes mais alterações do assoalho pélvico (queda da bexiga, reto ou útero) e incontinência urinária. Pensamos que uma visão moderna, tanto na ginecologia como na obstetrícia indica discutir riscos e benefícios de cada uma das vias de parto e dar para a mulher a condição de discutir com seu médico qual a melhor via em seu caso.
Por outro lado, as crianças nascidas por cesárea podem ter, eventualmente, mais complicações pulmonares. As mulheres que fazem cesárea têm mais chances de contrair endometriose (implantação do tecido que reveste internamente o útero e que passa a se fixar fora dele) e placenta prévia.
Entretanto, se as cesáreas forem tecnicamente bem realizadas, elas poderão, em tese, ser repetidas até cinco ou seis vezes na mesma paciente. É um mito dizer que uma mesma mulher não pode se submeter a mais de três cesáreas. A partir da segunda, o risco de ruptura do útero pode ser evitado antecipando-se alguns dias o parto, para que a paciente não tenha contrações.
A ideia de que a realização de uma cesárea impõe a mesma condição aos outros partos também é errada. Depois de uma cesárea, a mulher pode ter parto normal. Após duas cesáreas, aí sim, sempre cesárea.
Atualmente, a cesárea minimamente invasiva, difundida em diversos países do mundo, permite rápida recuperação menor uso de analgésicos e menores custos.
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