Medicina - Mitos e Verdades
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    ara quem não me conhece, posso dizer que já fui uma workaholic. Comecei cedo. Produzir era meu foco principal. Quando fui casada, cheguei a trabalhar até mesmo durante minha lua de mel. Jornalista há 25 anos, fiz parte de alguns dos mais importantes veículos de comunicação mas, confesso que, talvez, minha grande frustração foi não ter sido médica. Amo a Medicina e sempre lia os livros técnicos para me inteirar melhor do assunto. Até que, em 1996, me afastei da mídia para lançar a primeira edição de Medicina – Mitos & Verdades baseado em longas pesquisas e entrevistas com os mais bem conceituados médicos das grandes universidades brasileiras. Sinto orgulho de ter sido a pioneira neste tipo de publicação no Brasil

    O objetivo era que o livro pudesse servir como um elo, um filtro, entre o médico e o leigo, traduzindo aqueles termos, muitas vezes, complicados, ditos dentro dos consultórios. Poder ajudar também, aquelas pessoas que se sentem “perdidas” diante de um diagnóstico de doença na família, sem saber de onde surgiu e que consequências pode trazer para a sua vida. De mostrar, as possíveis causas de determinados sintomas que, por vezes, podem ser sinais preciosos de alguma enfermidade mais séria. A ideia, inclusive, foi abordar questões que, não raro, muitos pacientes se sentem constrangidos em fazer aos seus médicos.

    Foi um longo trabalho, no qual eu questionava exaustivamente todos os porquês, até que os assuntos ficassem absolutamente claros e compreensíveis, sem deixar quaisquer dúvidas. Sim! Porque o intuito deste livro não é ser uma enciclopédia, um dicionário de definições de doenças. Até temos isso também. Mas o principal é fazer entender. É ensinar, esclarecer, elucidar, acalmar e alertar! Desmistificar, da mesma forma, aquilo que nos prende a conceitos errôneos e a um saudosismo que, hoje, não combina mais com o mundo moderno e ainda é seguido por muitas pessoas como se fosse verdade.

    As questões que serão lidas aqui foram elaboradas de forma bem intimista, de maneira que, ao ler, você se sentirá como se estivesse em um consultório, conversando com o seu médico. Essa característica, de aproximar o livro de situações reais, foi uma das razões do grande sucesso de Medicina – Mitos & Verdades, que o levou a atingir a marca de 300 mil cópias vendidas. Mas o seu maior trunfo é, na verdade, ter médicos, de cada especialidade, escolhidos criteriosamente, um por um, com currículos conceituadíssimos e uma longa e exímia experiência de carreira – os currículos, aliás, você pode conferir ao final do livro.

    E eu destaco a experiência desses médicos porque, em Medicina, isso é fundamental. Hoje em dia, da forma como está o acesso à internet, as pessoas recorrem facilmente ao computador para tentar entender sua doença, o que, muitas vezes, pode assustar, confundir ou iludir. Praticamente fazem “consultas” pelo "Dr. Google", sem se lembrar que ali, no mundo virtual, podem conter as mais variadas fontes de informação. Você já parou para pensar de onde vêm essas informações? Quem as escreveu? Será que a assinatura que consta ali, em uma página da internet, é realmente confiável e segura?

    Em Medicina – Mitos & Verdades, os especialistas que lhe respondem, além de indiscutível competência, e extensa e renomada prática clínica e/ou cirúrgica, muitos deles são professores titulares das mais bem conceituadas universidades. É o mais alto cargo dentro da vida acadêmica que exige produção intelectual relevante na área de conhecimento, pesquisas de reconhecida qualidade científica, trabalhos completos em anais de congressos internacionais, produção científica ou tecnológica de qualidade e reconhecido mérito, entre outras exigências.

    Alguns leitores tem o privilégio de serem pacientes desses profissionais que aqui fazem parte. Outros, infelizmente não. Por isso, este livro servirá, igualmente, como um guia com o qual, ao estar com seu médico, você poderá esclarecer e pedir orientação sobre suas dúvidas de forma clara e precisa.

    Esta nova edição, totalmente revista, atualizada e com 250 páginas a mais, traz também as últimas novidades em diagnósticos e medicamentos lançados na última década, graças a esses importantes profissionais que colaboram em Medicina – Mitos & Verdades desde 1996, se prontificando, a cada atualização, doar uma boa parte do seu tempo para lhe disponibilizar seu conhecimento e experiência, com informações seguras e confiáveis. E eu sou – e sempre serei – eternamente grata a todos eles.

    A Medicina evolui a cada ano e o ser humano está cada dia mais consciente da necessidade da prevenção e de se cuidar melhor para alcançar a longevidade com saúde. E aí está o segredo: conhecer o nosso corpo. Porque o “se cuidar” envolve algo um pouco mais além do que se propor uma vida saudável com caminhadas, aulas de academia e alimentação adequada. Evidentemente que isto ajuda – e muito. Porém, é fundamental entender alguns princípios básicos do funcionamento do nosso organismo. Conhecendo as causas das doenças, conseguimos evitá-las. E como já dizia o velho ditado: “prevenir é melhor do que remediar”. Infelizmente existem doenças silenciosas e outras para as quais ainda não existe a cura; porém, quando são descobertas precocemente, as chances de vida ou sobrevida aumentam consideravelmente.

    A Medicina não é uma ciência exata e trabalha muito em cima de estatísticas. Cada organismo reage de uma maneira a determinadas situações e, apesar de existir uma previsão relativa à grande maioria dos casos semelhantes, às vezes, ocorrem exceções: por vezes boas, as quais nós chamamos de “milagres”, e por vezes ruins, que são as tais “fatalidades”. Mas, indubitavelmente, o principal fator de cura ainda é o diagnóstico precoce, que pode salvar milhares de vida.

    E você, quantas vezes já fez um check-up em sua vida? Quantas vezes você sentiu uma dor e nem deu importância, pois achou que não era nada? Será que você é um workaholic e nunca encontra tempo para se cuidar? O que adianta ter uma carreira bem sucedida se você acabar condenado por uma doença? A grande riqueza do ser humano é a sua saúde. Retorno financeiro e status são muito bons, mas, sem saúde, de nada valem. Comum também, é diante de um mal-estar pensar: “ah, deve ser emocional!” Aliás, subestimar os próprios sintomas ou os dos outros é uma típica mania de brasileiro. Diante de qualquer dor é frequente ouvir: “é psicológico”. Quando, na verdade, aquele poderia ser o sinal para um problema mais sério.

    É evidente que não é por qualquer dorzinha esporádica que as pessoas devem recorrer a um médico. Entretanto, diante de qualquer dor persistente ou diferente não custa investigar a causa. Nada e compromisso algum valem mais que a própria vida. Você deve estar se dizendo: “Oras, se fosse assim, os médicos não morreriam!” Realmente, muitos não morreriam, caso se cuidassem melhor.

    Tenho enorme apreço, admiração e gratidão por um grande neurocirurgião: o Dr. Nilton Domingos Cabral. Ele esteve por perto de mim e da minha família em momentos deveras críticos e delicados. Como médico, o Dr. Nilton tinha alto grau de competência e conhecimento. No entanto, dedicava demais a vida à sua carreira e esquecia-se de si mesmo. Já tinha sofrido várias cirurgias cardíacas e, mesmo assim, não se impunha limites, não cuidava de seu coração. Salvou milhares de vidas, menos a sua própria. Enfartou de madrugada, trabalhando no computador de sua casa. Morreu como um herói, deixando mulher, filhos, família e amigos. Morreu pelo seus pacientes. Esqueceu-se, porém, dos limites do próprio organismo. Colocou a profissão em primeiro lugar. Não merecia morrer; ele era muito “gente”. Verdadeiramente “gente”. O apoio emocional que recebi quando precisei não conseguiria transcrever nestas folhas de papel. Neurologista, psicólogo e amigo. Este é o verdadeiro médico. Exerceu sua profissão com o mais alto grau de dignidade.Vai deixar saudades. E um exemplo para os workaholics! Exemplo este, para dar um grito de basta e repensar em sua própria vida.

    Sim! Porque se você não parar, seu corpo para você. E não é fácil para um workaholic abandonar esse vício pelo trabalho. O workaholic ama o que faz e sente um prazer indescritível pela sua atividade. Essa expressão americana, inclusive, nasceu da palavra "alcoholic" (alcoólatra) com o intuito de qualificar uma pessoa viciada, não em álcool, mas em trabalho. Vale ressaltar que toda situação que leva uma pessoa a exposições intensas provoca o estresse. E o estresse não significa algo ruim. Pessoas podem viver em constante estado de estresse em situações que lhe dão prazer, tal como os workaholics. Porém, o estresse, sendo ele por um bom ou mal motivo, indubitavelmente, causa um desequilíbrio não só no psiquismo mas, principalmente, em todo nosso organismo. E o corpo somatiza, sendo que as consequências podem aparecer em qualquer órgão, em forma de úlcera, infarto, problemas de pele, enxaqueca, hipertensão etc. Normalmente, surge, na parte mais frágil do seu corpo. Portanto, uma das receitas para quem quer viver mais e melhor é pensar sempre em equilíbrio. Sem traumas, nem se prendendo a rótulos. Apenas rever seus valores pessoais e reacomodar sua vida para manter o equilíbrio.

    Convido você, agora, à leitura desse livro que irá esclarecer todas as suas dúvidas e lhe ensinará a conhecer melhor o seu corpo. Bem-vindo a Medicina _ Mitos & Verdades! Leia as páginas a seguir para lhe ajudar a usar este livro de consultas da melhor forma possível. Não banalize a vida. Ame-se! Cuide do seu corpo! Lembre-se, que muitos dos que te rodeiam precisam do seu coração batendo!

    Carla Leonel

    Carla Leonel